Quais os elementos essenciais à elaboração de um projeto pedagógico que contribua para a qualidade da educação?
A construção de um Projeto Político Pedagógico capaz de gerar
transformações positivas na realidade escolar não pode prescindir de
três fatores básicos: Participação dos atores envolvidos, clareza de
objetivos e conhecimento da realidade sócio cultural da comunidade
escolar.
Ao conclamar todos os sujeitos envolvidos, direta ou
indiretamente, nas ações educativas em curso no cotidiano escolar,
haverá a garantia de construção de um projeto em que se inserem
múltiplas percepções, diferentes pontos de vista e diferentes olhares
sobre que tipo de educação se quer construir na escola. A participação
dos vários atores na construção do PPP também garantirá que
responsabilidades sejam delegadas e que o sucesso ou fracasso do projeto
escolar dependerá do grau de comprometimento entre o que foi dito e
registrado e o que se faz na prática cotidiana.
Os objetivos claramente definidos também darão ao PPP a clareza
necessária do ponto onde se quer chegar facilitando o reconhecimento das
estratégias necessárias para se atingir as metas propostas no projeto.
Esta é inclusive uma das qualidades necessárias a qualquer plano de ação
estratégico. Saber aonde se quer chegar é o primeiro passo para propor
um plano de ação eficaz.
Conhecer a realidade do entorno escolar, o nível sócio cultural
dos alunos, aspectos econômicos do município, o que pensam professores e
funcionários da escola traduz-se em ações de primeira importância para
se ter um projeto fundamentado em um conhecimento sólido de todos que
estão envolvidos no cotidiano escolar. Construir uma proposta sem
conhecimento desses sujeitos resultará em planos de ação com poucas
chances de sucesso já que haverá desconhecimento das capacidades e
habilidades individuais que juntas determinam a concretização das metas e
objetivos descritos no PPP.
O PPP é a expressão de um conceito democrático de gestão escolar
amparado em base legal e sobre o qual nenhuma escola pode dar-se ao luxo
de desprezar. O que se vê na prática é a pouca importância que se dá a
este documento onde, na maioria das vezes, encontra-se engavetado e o
que é pior, deixando de lado sua condição de flexibilidade enquanto
documento construído sobre a realidade e portanto em permanente
construção.
11/02/2013
Jorge Luiz
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